1 de fev. de 2010

Amigo de 4 patas!


Meu cachorro estava doente. Era um poodle e tinha 14 anos. Diziam os veterinários que já havia vivido mais do que o esperado, pela quantidade de doenças. Mas sempre tive esperança de que fosse muito além. Seu nome era Jordy.
Jordy nos acompanhava desde o 1º mês de vida. Quantas histórias! Uma vez cismei de passear com ele sem coleira, pensava “ ele é bonzinho, não tem problema, não vai sair correndo por aí”. Pois é. Mas eu não imaginava que o meu anjinho fosse se deparar com uma galinha bem no meio da rua, ele nunca tinha visto uma galinha e, com 5 anos e muita enegia, a primeira reação foi correr atrás da ave. E lá ia eu, desesperada, correr atrás dos dois ladeira abaixo. Sem coleira nunca mais.
Mudamos de casa. Meu cachorro envelheceu e passava longas horas deitado ao nosso lado vendo televisão. Devia achar um absurdo tantos tiros, beijos, lágrimas e juras de amor. Gostava de, simplesmente, ficar ao nosso lado. Ao olhá-lo, tínhamos uma sensação de conforto. Às vezes se levantava, botava a cabeça nas nossas pernas e mexia as orelhas. Sua boca se esticava. Tinha a impressão de que era um sorriso.
Há algum tempo começou a ficar doente. Ainda parecia saudável. Seu pêlo branco já não era mais tão vistoso e macio. A cada dia uma nova doença. Começou a tomar remédio pro coração. Além da insulina, que já tomava desde os 8 anos, todos os dias.
Nos últimos meses, levei-o ao veterinário dezenas de vezes. Às vezes voltava melhorzinho, noutras nem tanto. No fundo, sabíamos que não havia mais o que fazer, mas não podíamos simplesmente deixá-lo morrer. No último final de semana, ele teve um AVC e fomos às pressas ao veterinário. Ficou internado. Hoje, fomos visitá-lo com a esperança de encontrá-lo melhor, mas nem tudo é como queremos. Estava vivo, se é que se pode chamar de vivo um cachorro que não anda mais e geme de dor. As palavras do veterinário não nos deram outra opção que não fosse abreviar seu sofrimento. Saímos de lá, eu e minha mãe, com o coração partido. Mas fizemos o melhor. Quem já amou um cão entende minha dor.

5 comentários:

Alessandra disse...

Te intendo e sei qnto doi...o meu se foi ano retrasado! Sinto mto. =/

V. disse...

Ja enterrei duas femeas tb...Más vcs fizeram o certo, com certeza é o minimo que podemos fazer por tantas horas de alegrias que esses seres nos dão. Podemos chegar putos da vida por causa do trampo ou magoados com alguma coisa e eles nunca irao deixar de fazer festa por nos ver. A dor é inevitável más quando doer lembra de como ele te fazia bem e se existe um céu para cachorros ele esta fazendo festa lá!!!

Bjos

disse...

Ca... puxa... e lembrar que na última quarta-feira ele era tema de nossas risadas no samba...
Eu entendo sim, minha flor. Já passei por isso um bocado de vezes.
E ele foi guerreiro até o fim, né? Caramba... Mas vcs fizeram o certo.
Se precisar de colo, tô aqui.
Bjs.

Unknown disse...

Ai, Cá!!! Q merda...a gente falou tanto nele nos últimos tempos...

Andre Descrovi disse...

que vá em paz...