28 de abr. de 2013

Me liga quando o sorriso não tiver cabendo no rosto e você quiser compartilhar com alguém o riso e os lábios. Me liga, mesmo que seja pra me acordar. Eu juro que não fico brava com a tua voz – e não fico mesmo. Me liga pra ficar em silêncio e cair em prantos soluçantes… É que o teu choro é mais gostoso que a chuva caindo lá fora e eu prefiro te ouvir a passar a noite sozinha.

Me liga, mas não vem com beijo na testa. Não me interessa. Eu só queria você aqui. Vem um dia desses e diz que quer uma revolução na tua vida. Podia ser eu e você nunca vai saber disso. Pra você eu sou o porto seguro em cada estação. Até quando eu for embora. Sem nem dizer a hora. Sem nem dizer o porto e sem nem dizer que eu vou me afogar depois de algumas centenas de metros rasos longe de você. Me liga e pede – de verdade – pra cuidar de você. Com pressa. Sem essa de que você tem muito a perder se tirar os pés do chão comigo.

Me liga e me diz que eu sou o amor da tua vida. Que você acordou hoje e percebeu que esse tempo todo sou eu ali do lado. Liga e diz que encontrou as músicas, os livros, as fotos e tudo mais que eu te dei pra te ver sorrir. Liga e diz que não tem mais briga, nem lamento, nem história nenhuma que eu tenha que ouvir. Me liga pra dizer que passa aqui de manhã cedo e que vai me acordar com um beijo pra me espantar da solidão.

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